Mário Gonçalves Mendes, nasceu no dia 29/10/1965, na Covilhã.
Foi criado num Lar de Crianças, uma vez que os seus pais o abandonaram. Nunca teve o amor, nem a compreensão dos outros, a não ser da sua esposa, com quem casou no ano de 1990. Mimi, nome artístico da sua mulher trapezista, no circo Mário Mendes, que ele próprio fundou, no ano de 1992. Com ela teve sete filhos, Carlos, Carla, Dora, Filipa, Catarina, João e Miguel.
No circo, a sua função para além de gerir, era divertir os outros, ser palhaço era a maneira que ele conseguia recuperar a sua infância perdida. Ao fim de longos anos de sucesso, a família caiu em desgraça. João, um dos seus filhos mais novos, durante a sua actuação, no poço da morte, teve um acidente e faleceu. Momento doloroso para toda a família, porém conseguiram recuperar, com o apoio de todos, principalmente de Mimi.
No ano de 2004, foi encontrado um tumor maligno no cérebro de Mimi. Passados seis meses, e feitos todos os tratamentos possíveis, Mimi não conseguiu resistir. Mário viu o seu Mundo desabar, já tinha perdido um filho e agora a sua esposa. Durante alguns tempos, Mário, isolou-se e foi o seu filho mais velho que geriu todo o circo, na sua ausência.
Em 2006, Dora a sua terceira filha, casou-se com um longo amigo de infância, do qual nasceu Bruna. Foi este nascimento que fez renascer Mário, e voltou então a alegria à sua família.
Em 2008, Mário reuniu todos os seus esforços e realizou o sonho de Mimi, ao proporcionar momentos de felicidade e muitos sorrisos na face das crianças do Lar De Crianças. Nesse mesmo ano, Mário, doou uma elevada quantia, para assegurar o futuro de todas aquelas crianças.
Neste momento, o circo continua a fazer sucesso, onde todos os elementos da família participam, inclusive Bruna.
Esta é a vida de uma homem com uma grande força interior, que apesar de tudo o que sofreu, conseguiu não só realizar os seus sonhos, mas também o dos outros, e também muito orgulhoso da família que tem!
Ponto de Vista:
Este trabalho foi executado por quatro pessoas, Carlos, Carla, Dora e Filipa. Queríamos criar uma biografia um pouco diferente, por isso é que associamos duas mortes, porém inconscientemente cada um de nós, transmitiu à história alguns factos associados à nossa vida.
Na história o que reflecte a minha vida, é o facto de ter sido abandonada pelo meu pai, quando tinha apenas nove anos. A minha família sempre foi muito unida, e esta desgraça abalou-a mas não a separou. Tive sempre o carinho, amor e tudo o que precisei, diante da minha mãe, irmãos e cunhados. Se provavelmente, eles não existissem, eu não teria a força interior que tenho agora. Por isso, tal como diz no final da biografia, sou uma mulher com muita força interior e muito orgulhosa da família que tenho.
Com a realização deste trabalho, consegui compreender que independentemente do que nós façamos, iremos sempre inconscientemente colocar algo que nos identifica e que tem haver connosco, isto porque cada um de nós viveu, sofreu, aprendeu, compreendeu as coisas de maneira diferente, então iremos coloca-las fase às nossas vivências e aprendizagens, ou seja, iremos dar sempre um pouco de nós, em tudo o que façamos na nossa vida.
Trabalho realizado dia 29/10/2008